A pedido da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), a Comissão Mista Permanente de Defesa do Consumidor e do Contribuinte e Participação Legislativa Popular da Assembleia Legislativa discutiu, nesta segunda-feira (25) a urgência de reestruturação do INSS. Será formulado um documento com as denúncias feitas para entrega em Brasília e à presidência da Assembleia Legislativa. Dentre os inúmeros problemas estão a demora no atendimento e na análise de processos, que estão levando em média 100 dias. Com mais de 1,7 milhão de segurados na fila de espera e 700 mil novos pedidos de benefícios ao mês, o represamento de benefícios só cresce. Ao entregar um dossiê, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, denunciou que pericias médicas estão sendo remarcadas para novembro no Rio Grande do Sul e há recursos administrativos parados há dois anos. Análises incompletas, exigências desnecessárias e deferimentos falhos também preocupam o dirigente. Ele também expôs a falta de servidores, a ineficiência do 135 e disse que o convênio de cooperação técnica fechado com entidades como a Fetag não funciona. “A estrutura do INSS precisa urgentemente ser reformulada, investimento em recursos humanos para atender a demanda que tem no RS e que não é diferente no restante do Brasil”.
Sem perspectivas de concurso público, o total de servidores caiu de 39 mil para 22 mil no país desde 2016. Também faltam médicos peritos. Mais de 600 agências do instituto não possuem perito. (ALRS)